segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009


Na epoca que hitler dominava a alemanha duas crianças se encontram: uma ciganinha com 7 anos e um filho de militar de 15 anos, numa praça onde a menina acampava com a familia, e na frente do colegio do garoto. Ela sorriu pra ele e quando pegou sua mão para ler seu futuro percebeu uma marca de nascencia em sua palma esquerda: uma asa de borboleta. Ela colocou a mão direita do lado e mostrou sua marca de borboleta, mas a borboleta não se completou, ficava torta, pois a mão dela era muito pequena. Ele olhou os olhos dela (mais verdes q os seus) e ficou maravilhado, os dois não trocaram uma palavra, o garoto foi arrastado pelo pai. em casa depois de apanhar ele ouviu sobre a inferioridade de ciganos, judeus e negros. dez anos se passaram e os olhinhos verdes nunca lhe sairam da memoria, ele lembrava dela quando pingava qualquer coisa nos olhos das crianças judias dentro do laboratorio de experiencias do campo de concentração. certo dia depois de muitos judeus chegaram cinco caminhoes com negros e ciganos. ele pediu ao militar para pegar 2 meninos da mesma idade, quando os dois entraram na sala gelada de azulejos brancos viram o homem palido, cabelos loiros e jaleco vermelho de sangue e os corpos de homens mulheres e crianças dilacerados no canto começaram a gritar. ele suspirou, mas não podia recusar fazer o trabalho q seu pai o designou ou iria ser espancado por ele novamente, ele segurou as crianças pelos braços, estavam sem cabelo e magros. as crianças foram jogadas num tanque de agua a -5ºc, ele colocou o menino negro primeiro, ele tinha o olhar desesperado, a agua e o gelo batiam em seu queixo, ele gritava cada vez mais alto. quando ele colocou a segunda criança viu em seus olhinhos verdes cheios de pureza e medo, ele deixou escapar sua compaixao contida, rapidamente balançou a cabeça buscando concentração e empurrou com força a cabeça dos dois na agua gelada e colocou uma tampa pesada por cima e virou a ampulheta de 5 minutos. ele colocou a mao na cabeça, começou a suar, caiu uma lagrima. ele pediu ao guarda na porta para verificar entre os recem chegados se havia uma moça cigana de olhos verdes. ele entrou no laboratorio com a cabeça girando, por um momento até axou que estava meio doido, até o som das crianças submersas batento desesperadamente na caixa o tirar de seu tranze. Ele nunca havia esquecido-a mas seria completamente impossivel ela estar ali. A porta se abriu e o guarda vestido com seu uniforme verde oliva trazinha uma garota, a maioria dos ciganos tem olhos castanhos, e os dela eram pareciam brilhar de tão verdes. ele perdeu a noção de espaço e tempo por um minuto com o susto, era ela, a criança pela qual se apaixonara anos atrás, mesmo que estivesse amarrada,com um corte nos labios rosados, com um olhar de medo e sem seu cabelo castanho encaracolado. ele ficou tonto, os segundos que ficou estatico olhando pra ela pareceram horas, ele deu um paso mas não viu a mesinha da metal com varias faquinhas e instrumentos medicos e de tortura, tudo foi ao chão inclusive ele. o guarda ajudou-o a levantar e perguntou se estava bem, ele balançou a cabeça afirmamente, tocou as mãos geladas da garota e a segurou e fez um gesto para o guarda se retirar e trancou a porta. ele olhou a garota e começou a chorar e a abraçou. ela ficou confusa, ele pegou suas mãos, desatou-as da corda,e viu a asa de borboleta na palma direita, ele coloco a mão esquerda formando agora a borboleta marron perfeita. ele teve medo que ela não se lembrase, era criança na epoca, mas olhou seus olhos novamente: estavam quase emanando calor, estavam cheios de felicidade e perguntas. eles se abraçaram por alguns minutos, choraram e fizeram silencioe trocaram um beijo salgado de lagrimas tremendo. finalmente a primeira palavra foi trocada entre os dois, ele disse "eu sempre te procurei" e a abraçou mais apertado e ela disse "eu sabia que nossas vidas estavam traçadas". eles se olharam nos olhos, estavam cheios de lagrimas e amor. "temos que te tirar daqui" ele ficou serio, "tem que ser agora!" ele lagou-a e ficou foi procurar algo em seu armario. ela feixou os olhos algum tempo e quando abriu viu que sua roupa azul estava com algumas marcas de sangue, o jaleco dele estava coberto de sangue, ela se assustou mais ainda ao ver algums corpos jogados no canto da sala. ela deu uma olhada a sua volta e viu a caixa d'agua com uma ampulheta em cima, foi até lá, a caixa estava gelada, se certificou que ele ainda estivesse ocupado, afastou a tampa pesada apenas um pouco. ele parou de procurar algo pra servir de disfarce quando ouviu a tampa pesada se quebrar no chão com a ampulheta de vidro, ela soltou um grito de horror. ele saiu correndo até aquele lado da sala, o menino negro boiava na agua e no gele de barriga pra baixo, o outro menino estava no chão, no colo dela, ele tinha os labios roxos, olhos abertos e varios pedacinhos de gelo pelo corpo, ele chegou perto preucupado, ela abraçou o menino e sussurrou "meu irmãozinho". ele levou um choque com o susto, procurou alguma palavra em vão, estava ajoelhado no chão na frente dela, ela fitou os olhos dele, ele sentiu uma pontada doida e seu sangue quente escorrendo, tentou se levantar, tociu sangue, viu na faca que antes se encontrava no chão,agora cravada onde deveria estar seu pulmão. ele caiu com a dor, ela deixou o corpo magro do menino no chão e tirou o outro da agua, colocou os dois lado a lado, tirou a corda que prendia o pulso de cada um e feixou seus olhos "agora estão livres", ela andou com um bisturi afiado na mão e se sentou ao lado dele,estavam com expressoes de dor por motivos diferentes, se olharam e ele disse com dificuldade "te amo" ela chorou, ele ia mover os labios novamene, ela colocou o dedo indicador neles como se bloqueasse sua fala e ela disse " é melhor que agente ainda não saiba o nome um do outro" ele sorriu e disse "quem sabe... (vomitou mais sangue) da proxima vez" ela se deitou e abraçou-o "da proxima vez" deu uma facada com muita força em sua proxia caixa toraxica, ela fez uma expressão de muita dor, pegou a mão dele de asa de borboleta com a sua e disse chorando "te amo" . os dous ainda tiveram algums momentos de vida olhando nos olhos do outro esperando os orgãos falharam, e ficaram horas se olhando com os olhos perdidos ate arrombarem a porta e acharem os corpos. os corpos foram enterrados a kilometros de distancia,ela num grande burado, nua com centenas de outras pessoas, ele no cemiterio militar com seu melhor terno; mas estavam juntos, e a partir daquele dia sempre davam um jeito de estar, sendo em vida, ou não.
by:nini

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